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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Refugiados climáticos

As últimas catástrofes ocorridas na América devido as mudanças climáticas, além de vitimar inúmeras pessoas têm ocasionado um grave problema social: os refugiados climáticos.
A devastação causada pelos fênomenos naturais tem pressionado várias pessoas a se mudar de suas moradias. Eles tendo obrigatoriamente que se adaptar a um novo lugar, pois não podem voltar às suas casas. Segundo estimativa da ONU, já há quase o mesmo número de pessoas deslocadas no mundo por razões climáticas quanto os refugiados tradicionais.
Isso pode ser observado no Brasil, pessoas sendo forçadas a sair de suas moradias por conta de enchentes, erosões e desabamentos. O auxílio às vítimas dependem mais dos voluntários, pois até o governo se sente sem preparo.
Não pode esquecer que a causa disso é o aquecimento global, que é acelerado por atitudes do dia-a-dia. Então, para combater esse crescimento dos migrantes ambientais, deve-se reeducar a população e consequentemente ajudando com a preservação da natureza.

Meireles.


(Teu rosto, por toda parte,
mas, amor, só no meu peito!)




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Segunda de ácida literatura : Bukowski

Não Suporto Lágrimas

havia algumas centenas de imbecis
de volta de uma ganso que tinha partido uma perna
enquanto decidiam
o que fazer
quando um polícia apareceu
e sacou do seu canhão
e o assunto estava encerrado
excepto para uma mulher
que saiu a correr da sua barraca
a gritar que lhe tinham morto o animal de estimação
mas o polícia agarrou o seu cinto
e disse-lhe
vai ao raio que te parta,
queixa-te ao presidente da república;
a mulher estava a chorar
e eu não suporto lágrimas.

Arrumei a minha tela
e fui para outro sítio:
os filhos da mãe tinham-me estragado
a paisagem.



Um poema de amor

todas as mulheres
todos os seus beijos as
diferentes maneiras de amar e
falar e exigir.

as suas orelhas todas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
-maridos.

a maioria
das mulheres é muito
quente e lembram-me torradas
com manteiga enquanto a manteiga
se derrete
no meio.

há um certo olhar no
olhar delas: elas já foram
possuídas elas já foram
enganadas. na realidade não sei o que
fazer por
elas.

sou
uma boa picha um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar – estava ocupado
com coisas maiores.

mas gostei das diferentes
camas
fumar cigarros
olhar para os
tectos. não era possessivo nem
injusto. Somente
um estudante.

eu sei que todas têm
pezinhos e vão descalças pelo chão enquanto
lhes vejo os tímidos cus no
escuro. sei que gostam de mim, algumas até
me amam
mas eu amo muito
poucas.

algumas dão-me laranjas e vitaminas;
outras falam baixinho da
infância dos pais e das
paisagens; algumas são quase
loucas mas nenhuma delas é sem qualquer
motivo; algumas amam
bem, outras nem por
isso; a melhor na cama nem sempre é
a melhor noutras
situações; cada uma tem o seu limite como eu
tenho os meus limites e todos
aprendemos isso
rapidamente.

todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos
tapetes e
fotografias e
cortinados, é
parecido como uma igreja
só que às vezes ouvem-se
risos.

as orelhas os
braços os
cotovelos os olhos
que procuram, a ternura e
a espera eu fiquei
preso eu fiquei
preso.



o início

quando as mulheres deixarem
de levar espelhos
para todos os lados
talvez nessa altura
elas possam falar comigo
sobre
libertação.


como ser um grande escritor


tens que foder muitas mulheres
mulheres bonitas
e escrever alguns bons poemas de amor.

e não tens que te preocupar com a idade
e/ou novos talentos.

apenas bebe mais cerveja
mais e mais cerveja

e vai às corridas pelo menos uma vez
por semana

e vence
se possível.

aprender a vencer é difícil –
qualquer imbecil pode ser um bom perdedor.

e não te esqueças de Brahams
nem de Bach nem
da cerveja.

não faças exercício a mais.

dorme até ao meio-dia.

evita cartões de crédito
ou pagar seja o que for a
tempo e horas.

lembra-te que não há nenhum cu
no mundo que valha mais de $50
(em 1977).

e se tens a capacidade de amar
ama-te primeiro
mas nunca te esqueças da possibilidade de
derrota total
mesmo que a razão para a derrota
seja justa ou injusta –

sentir cedo o bafo da morte não é
assim tão mau.

afasta-te das igrejas e bares e museus,
e como a aranha sê
paciente –
o tempo é a nossa cruz,
mais o exílio
a derrota
a traição

tudo isso.

sê fiel à cerveja.

uma amante constante.

arranja uma grande máquina-de-escrever
e enquanto ouves os passos para cima e para baixo
lá fora

martela a coisa
martela com força

transforma-a num combate de pesos-pesados

transforma-a no touro na sua primeira investida

e lembra os velhos sacanas
que tão bem lutaram:
Hemingway, Céline, Dostoievsky, Hamsun.

se pensas que eles não enlouqueceram
em pequenos quartos
tal como tu agora

sem mulheres
sem comida
sem esperança

então não estás preparado.

bebe mais cerveja.
há tempo.
e se não houver
está tudo bem
na mesma.


doce música

é melhor que o amor pois não há
feridas: pela manhã
ela liga o rádio, Brahms ou Ives
ou Stravinsky ou Mozart. coze os
ovos e conta os segundos em voz alta: 56,
57, 58… descasca os ovos, e trá-los
à cama. depois do pequeno-almoço é
a mesma cadeira e ouvir músi-
ca clássica. ela vai no primeiro copo de
uísque e no terceiro cigarro. digo-lhe
tenho que ir às corridas. ela
está aqui há 2 noites e 2 dias. “quando
te poderei ver outra vez?” pergunto. ela
diz que depende de mim. eu
aceno com a cabeça e Mozart toca.



olá!

quando a morte se aproximar com o seu frio e último beijo
estarei preparado
(já tive a minha dose de
beijos
mortais.)
as mulheres fatais que me ajudaram
a consumir as horas
os anos
prepararam-me para a
escuridão.

quando a morte se aproximar com o seu frio e último beijo
estarei preparado:
é só mais uma puta
que vem
aproveitar-se
de mim.



Marina

majestosa, mágica
infinita
a minha menina é
sol
na carpete
lá fora na rua
apanhando flores, ha!
um homem velho,
podre,
levanta-se da sua
cadeira
e ela olha para mim
mas só vê
amor,
ha! e eu fico
em paz com o mundo
e dou-lhe o meu amor
como é suposto
dar.

Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor

Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor



Veloso.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bukowski.


"Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto."